A ergonomia é um dos fatores mais relevantes quando se fala em saúde ocupacional. Ela busca adaptar o ambiente de trabalho às características físicas e psicológicas do trabalhador, promovendo conforto, segurança e eficiência. No Brasil, a ergonomia está regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), que estabelece parâmetros para a organização do trabalho com foco no bem-estar do colaborador.
A falta de atenção a esses aspectos pode gerar consequências graves, como dores crônicas, lesões musculoesqueléticas, queda de produtividade e aumento no número de afastamentos. Por isso, a aplicação correta da NR-17 é essencial para equilibrar saúde, segurança e desempenho nas empresas.
Neste artigo, vamos explicar em detalhes como a NR-17 contribui para prevenir afastamentos, quais são seus requisitos, exemplos práticos de aplicação e de que forma uma gestão ergonômica pode impactar positivamente a produtividade.
O que é a NR-17?
A NR-17 é a norma regulamentadora que trata especificamente da ergonomia no ambiente de trabalho. Criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, ela tem como objetivo ajustar as condições de trabalho às características dos trabalhadores, reduzindo riscos físicos e psicológicos.
Os principais pontos abordados pela norma incluem:
- Mobiliário e equipamentos adequados às atividades;
- Condições ambientais, como temperatura, iluminação e ruído;
- Organização do trabalho, com pausas e jornadas compatíveis;
- Exigências cognitivas e físicas para determinadas funções.
Em resumo, a NR-17 atua para que o trabalhador não seja forçado a se adaptar ao ambiente de trabalho, mas sim que o ambiente seja moldado para atender às suas necessidades.
Importância da ergonomia para a saúde ocupacional
A falta de ergonomia está diretamente relacionada ao desenvolvimento de doenças ocupacionais, especialmente os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e as Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Essas condições são algumas das principais causas de afastamentos no Brasil.
Além da saúde física, problemas ergonômicos também podem afetar a saúde mental. Jornadas intensas, posturas inadequadas e sobrecarga de tarefas contribuem para estresse, fadiga e até mesmo para o desenvolvimento de transtornos psicológicos.
Portanto, aplicar a ergonomia de forma correta é investimento estratégico, que resulta em:
- Redução de doenças ocupacionais;
- Diminuição de afastamentos e custos previdenciários;
- Aumento da produtividade e satisfação dos colaboradores;
- Cumprimento da legislação trabalhista.
Requisitos da NR-17
A NR-17 traz diretrizes específicas que devem ser aplicadas conforme a atividade desenvolvida pela empresa. Entre os principais requisitos estão:
1. Mobiliário e estações de trabalho
Mesas, cadeiras e bancadas devem ser projetadas para evitar posturas forçadas. O mobiliário precisa ser ajustável à altura e às características do trabalhador.
2. Transporte de materiais
A norma estabelece limites para o peso máximo que pode ser transportado manualmente, além da necessidade de uso de equipamentos auxiliares sempre que possível.
3. Condições ambientais
O ambiente deve possuir iluminação adequada, controle de ruídos e temperatura confortável. Essas condições influenciam diretamente na concentração e no desempenho.
4. Organização do trabalho
Deve haver pausas para descanso em atividades repetitivas ou que exijam esforço contínuo. O planejamento das tarefas precisa considerar a capacidade física e cognitiva do trabalhador.
5. Ergonomia em atividades específicas
A NR-17 detalha recomendações para funções como teleatendimento, digitação e trabalho em escritórios, nas quais o risco de LER/DORT é maior.
Como a ergonomia previne afastamentos
O impacto positivo da ergonomia é evidente quando observamos os índices de afastamento. Empresas que aplicam corretamente a NR-17 conseguem reduzir consideravelmente os casos de licenças médicas relacionadas a dores e lesões ocupacionais.
Alguns exemplos práticos:
- Ajustes de cadeiras e monitores em escritórios evitam dores lombares e cervicais;
- Pausas regulares em linhas de produção reduzem a fadiga muscular e mental;
- Equipamentos de movimentação de carga previnem hérnias de disco e lesões musculoesqueléticas;
- Boa iluminação diminui a fadiga ocular e os erros de operação.
Essas medidas resultam não apenas em trabalhadores mais saudáveis, mas também em menor rotatividade e maior engajamento.
Ergonomia e produtividade
Além de reduzir afastamentos, a ergonomia é um fator essencial para aumentar a produtividade. Um trabalhador confortável e sem dores consegue se concentrar melhor, realizar tarefas com mais eficiência e cometer menos erros.
Estudos mostram que empresas que investem em ergonomia alcançam:
- Aumento da eficiência operacional;
- Melhoria no clima organizacional;
- Redução de acidentes de trabalho;
- Maior qualidade nos produtos e serviços entregues.
Ou seja, investir em ergonomia não é apenas uma obrigação legal, mas também uma estratégia de vantagem competitiva.
Etapas para implementar a NR-17 nas empresas
1. Diagnóstico ergonômico
O primeiro passo é realizar uma análise das condições de trabalho, identificando riscos ergonômicos existentes.
2. Laudo ergonômico
De acordo com a NR-17, muitas empresas precisam elaborar um Laudo Ergonômico que documenta as condições atuais e recomenda melhorias.
3. Ações corretivas e preventivas
Após o diagnóstico, devem ser aplicadas medidas como ajustes em mobiliário, rodízio de tarefas, introdução de pausas e fornecimento de equipamentos auxiliares.
4. Treinamento e conscientização
Os trabalhadores devem receber orientação sobre postura correta, uso de equipamentos e pausas ativas. A conscientização é essencial para que as medidas sejam eficazes.
5. Monitoramento contínuo
A ergonomia deve ser revisada periodicamente, principalmente em casos de mudanças no processo produtivo ou na organização do trabalho.
Exemplos de boas práticas ergonômicas
- Disponibilizar cadeiras ajustáveis com apoio lombar e braços;
- Manter monitores na altura dos olhos para evitar tensão no pescoço;
- Adotar ginástica laboral como prática diária;
- Implantar pausas programadas em funções repetitivas;
- Usar exaustores e climatização adequada em ambientes industriais;
- Fornecer carrinhos e elevadores para movimentação de cargas pesadas.
Essas práticas não exigem grandes investimentos e podem trazer resultados significativos.
A relação da NR-17 com outros programas de saúde ocupacional
A ergonomia não deve ser trabalhada de forma isolada. Ela precisa estar integrada a outros programas de saúde e segurança do trabalho, como o PGR e o PCMSO.
- O PGR identifica riscos ergonômicos presentes no ambiente;
- O PCMSO avalia a saúde dos trabalhadores expostos a esses riscos por meio de exames médicos.
Essa integração garante uma visão completa da saúde ocupacional e fortalece a prevenção.
📌 Leia também: PGR e PCMSO: como integrar os programas
Benefícios estratégicos para as empresas
Adotar práticas ergonômicas alinhadas à NR-17 traz benefícios que vão além da saúde dos colaboradores:
- Redução de custos com afastamentos e indenizações;
- Conformidade com a legislação, evitando multas;
- Reforço da imagem institucional como empresa responsável;
- Maior retenção de talentos.
Assim, a ergonomia se consolida como um pilar de sustentabilidade organizacional.
Como a Work Medicina pode ajudar
Na Work Medicina, oferecemos soluções completas em saúde e segurança ocupacional. Nossa equipe de especialistas realiza:
- Avaliação ergonômica conforme a NR-17;
- Elaboração de Laudos Ergonômicos;
- Consultoria para integração com PGR e PCMSO;
- Programas de ginástica laboral e treinamentos;
- Monitoramento contínuo da saúde ocupacional.
Com a Work Medicina, sua empresa garante conformidade legal e promove um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
A NR-17 é uma ferramenta indispensável para prevenir afastamentos e garantir maior produtividade nas empresas. Ao aplicar corretamente os princípios da ergonomia, gestores criam ambientes mais seguros, reduzem custos e fortalecem a qualidade de vida dos colaboradores.
A integração da ergonomia com outros programas ocupacionais é o caminho para uma gestão de saúde eficiente e moderna.
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